Lages, 4/05/2011, Correio Lageano, por Susana Küster
Em apenas oito dias de venda, 60% dos espaços para comercialização durante a 23ª Festa Nacional do Pinhão, que acontece no Parque de Exposições Conta Dinheiro, do dia 16 até 26 de junho, já foram negociados.
A informação é de Rafael Peroni, mais conhecido por Dudu, vendedor da empresa Cadú Eventos, com sede em Içara, que ganhou a licitação.
Ele afirma que o local possui mais de 100 pontos para serem comercializados, o valor mínimo é de R$ 1.700,00 e o máximo pode chegar a R$ 20 mil. “O preço do espaço depende do lugar em que fica no Parque, há pontos que possuem mais movimento e estes são mais caros”, explica.
Peroni comenta que a maioria das vendas foram para empresários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. “As vendas estão ótimas, até porque na maioria dos casos só ligamos para confirmar se a pessoa quer o mesmo ponto. Tem gente que vem para a festa há 20 anos, então já conhece como funciona tudo”, considera. Ele comenta que em meados de maio, terá um levantamento mais preciso da quantidade de vendas.
O vendedor ressalta que o lucro na festa está garantido se o empresário envolver-se no trabalho. “Nunca vi ninguém reclamar de prejuízo, mas é preciso se empenhar e levar em conta que várias questões podem desenvolver melhor o comércio”, enfatiza.
O secretário municipal de Administração e presidente da Comissão Organizadora da Festa do Pinhão,Antônio César Arruda, acredita que a maioria dos empresários lageanos não utilizam os espaços dafesta, pois é necessária muita estrutura técnica e/ou financeira.
“O movimento no Centro já aumenta em até 10 mil pessoas durante a festa, a maioria das lojas já precisa contratar mais funcionários para dar conta do movimento, então acredito que não compensa. Normalmente, quem utiliza os espaços é mais os comerciantes que estão parados e trabalham só com o espaço da festa”, coloca.
Não compensa trabalhar na festa, diz Binatti
Há 22 anos, o empresário Daniel Ubaldo Binatti, trabalha no ramo gastronômico e afirma que apesar de montar estrutura na festa algumas vezes, concluiu que o trabalho despendido não era compensado pelo resultado obtido.
“A falta de infraestrutura adequada para instalar um restaurante nos pavilhões do Parque, resulta em uma verdadeira reengenharia e muita criatividade no mobiliário, pois é necessário deixar o ambiente adequado para fazer uma boa refeição, com todos os quesitos de higiene e qualidade”, salienta.
Ele sugere que deveria ser feito um projeto para melhorar a estrutura do Parque de Exposições Conta Dinheiro. “Sei que não vou agradar muitas pessoas com essa opinião, mas temos em Blumenau aOktoberfest que é realizada dentro do Parque Vila Germânica. Deveríamos fazer um projeto e com parcerias iniciaríamos a festa em um local definitivo, onde teriam lonas para abrigar os boxes degastronomia, cultura, shows, shoppinhão e uma arena aberta para os shows nacionais e outras atividades”, explica.
Ele lembra que o Parque de Exposições tem vários locais que são de propriedade de associações de criadores, bancos e de empresas ligadas à agropecuária, que durante a festa alugam estes espaços para empresas e entidades que recebem seus clientes, amigos e familiares.
“Seria feita uma pesquisa vendo quais os empresários se interessam em participar do parque e estes construíriam seus espaços e pagariam um percentual por ano para auxílio na construção dos pavilhões”, finaliza..
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